quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Transporte Público!!!


O debate resumido aqui foi realizado no programa "Aspas" da Globo News no dia 31/10/2007 com Maria Beltrão (Apresentadora e Joranlista), Ronaldo Balassiano (Prof. Engenheiro de Transportes/COPPE UFRJ) e Daniel Piza (jornalista e colunista do Estado de S. Paulo). Tentei colocar um resumo do que foi falado + as minhas opiniões.

O violento e caótico Rio de Janeiro parou na semana passada por causa do deslizamento de terra sobre o túnel Rebouças (no primeiro momento achei que era a Avenida Rebouças aqui em SP, aquele túnel que liga a Eusébio Matoso com a Rebouças.....afffff), numa das principais vias da cidade e a confusão ainda apresentada no Rio faz a gente perguntar: Por que na maior parte do Brasil não existe um sistema de transporte público eficiente? Como correr atrás do tempo perdido? Como encontrar saídas para o transporte coletivo nas grandes cidades?

E agora que o Brasil será sede da Copa do Mundo de 2014 aumenta a responsabilidade dos governantes em viabilizar melhores opções de transporte coletivo.

E o que você acha? Se é que você acha alguma coisa....rs

Com um transporte eficiente, uma metrópole ganha qualidade de vida. As pessoas precisam de deslocar para seu local de estudo, local de trabalho, local de sei lá o quê..... sem se estressar, sem perder dinheiro e isso só pode ser feito com um bom sistema de transporte público, eu disse, um BOM sistema de transporte público.

A juventude de hoje (eu não me incluo mais nessa classificação) pensa mais em comprar um carro do que comprar a casa própria. Se essa mentalidade continuar assim, a situação do trânsito vai se tornar completamente insustentável. Mas para isso é preciso criar condições para que a mentalidade mude. Se não tiver alternativa de transporte público como é que nós vamos deixar nosso carro na garagem? Se você leva 30 minutos para chegar em um local de carro, e a alternativa do transporte público são 2 ônibus com um intervalo de 31 minutos entre um e outro, levando um total de 1h30, ou seja, mais de uma hora do que você leva de carro normalmente, não faz sentido. Assim fica difícil mudar a mentalidade, mas isso é importante. Por exemplo: os prédios hoje são 3 dormitórios e 4 vagas na garagem. Já existe uma cultura do transporte particular. Sem contar, o impacto econômico por trás disso. Existe sim, um grande impacto na econômia do país, você tem um sistema de transporte cheio de gargalos, com uma logística ruim, mal gerenciado, cheio de problemas, você perde dinheiro com isso. As pessoas perdem dinheiro ficando no trânsito, as pessoas perdem dinheiro se atrasando nos vôos. Até hoje, o Rodoanel não está pronto em SP, obrigando muitos caminhões passarem por dentro de SP para chegar num outro destino. Tudo isso é ruim para a econômia.

Metrô???

Hoje é muito difícil conseguir investimento para metrô. Custa 100 milhões de dólares 1 km de metrô. Obras subterrâneas são caríssimas. Com 100 milhões de dólares você tem uma série de alternativas de transportes mais baratos e com mais eficiência, implantando em menor tempo, tendo um retorno em termos de mobilidade da população muito mais rápido.

Será que eu preciso pegar meu carro para ir até na padaria? Hoje têm pessoas que pega o carro para andar 300, 400 metros. Essa pessoa está contribuindo para a poluição do ar, para a poluição sonora, para os engarrafamentos que a gente enfrenta todos os dias. Andar é saudável, não polui, ajuda a saúde.

O sistema de transporte público precisa ter prioridade nas vias, o carro pode ser usado sim, mas de uma forma racional e que integração é a palavra mais importante no setor de transporte. Não existe um sistema de transporte se você não tem integração.

CURITIBA: Você paga uma tarifa única e pode andar vários trechos de ônibus, exitem mais de 70km de pista exclusiva para ônibus. Houve planejamento enquanto a cidade crescia. No caso de São Paulo, alguns bairros inteiros surgiram em poucos anos em locais sem planejamento. A cidade do México tem o dobro da extensão da rede do Metrô do que a cidade de São Paulo. Que venha a linha amarela do metrô.

A solução para um município nunca é necessariamente a solução para outro.

Se a gente for falar de COPA DO MUNDO no Brasil vai ser fundamental o transporte fora das cidades, ligando cidades e regiões do Brasil. Alternativas como a ferrovia estão abandonadas. Na Copa a maior parte dos deslocamentos será feita por aviões, pois no Brasil não se tem trêm de passageiros.

Trem Bala? Fazer um trem bala ligando Rio a SP, poderia gerar outros problemas, pois estaríamos polarizando dois extremos que já sofrem com o desemprego, excesso de gente. Esse trem bala tem que ser muito bem pensado. Você tem o pólo de Resende com uma série de indústrias, tem S. J. dos Campos, você têm CSN em Volta Redonda. É preciso criar escalas, pensar em alternativas.

Voltando na Copa. Ai meu Deus. Você têm Cumbica distante do centro e dos estádios. Aí vem a necessidade de um trem expresso, como acontece em alguns países. Você pega um trêm no aeroporto e já desemboca nos principais entroncamentos do metrô.

Ônibus Expresso de Superfície? Já ouviu falar? Eles andam em vias exclusivas, funciona tecnicamente como se fosse um metrô. Ele tem prioridade em cruzamentos quando têm cruzamentos. É um metrô sobre rodas, na superfície. O passageiro embarca no mesmo nível da plataforma do ônibus.

Bicicleta? Tem lugar na estação do metrô para colocá-las ?(Na estação de trem de Jurubatuba eu vi que tem...rs) Bicicleta não é só pra lazer, é pra transporte. O Rio tem 140 km de ciclovias usados para lazer. SP praticamente não tem ciclovias. Eu não sou contra usar a bicicleta pra lazer, mas ela deve ser usada TAMBÉM como um meio alternativo de transporte. Em Amsterdã, por exemplo, o executivo pego o terninho dele, ou o engenheiro pega sua roupinha de engenheiro e vai para o trampo de bike.

E a capacitação dos responsáveis pela área? Flagrantes de incompetência são vistas no dia a dia. Normalmente o presidente de uma empresa que cuida da engenharia de tráfego é algum político, isso não é problema, desde que ele esteja cercado de bons técnicos. Porém muitos políticos indicam parentes, conhecidos em cargos técnicos. Aí ferra tudo.....rs

FONTES: http://www.globo.com/ ; http://www.globonews.com.br/

Mão de Obra Qualificada!!!


O debate resumido aqui foi realizado no programa "Entre" da Globo News não me recordo o dia com Maria Beltrão (Apresentadora e Joranlista), André Urani (Economista) e Thomas Traumann (Jornalista).

O Brasil cresce e o mercado abre vagas, mas não há ... profissionais qualificados para preencher estes postos. O que é preciso ser feito para evitar o apagão da mão-de-obra no país?

E o que você acha Zé Mané rsssss?

Hoje existem milhões de desempregados no Brasil, mas sobram vagas. Isso é um excelente sinal, um apagão do bem...rs. Por que isso acontece? Por que a gente comeu mosca na história da educação. Ou seja, existe um buraco em relação ao resto do mundo. E nessas horas que a economia volta a crescer, a gente percebe que é necessário importar mão de obra, que não temos os profissinoais mais qualificados, que o mercado exige mais e mais....

Qualquer pessoa que olha o currículo da universidade brasileira, vai ver o seu currículo completamente defasado. Hoje muitas empresas pegam o cara que sai da universidade e depois dá um curso pra ele de atualização, para que ele possa entrar no mercado minimamente capaz. É preciso mudar essa estrutura, tanto nas universidades quanto nos cursos profissionalizantes.

Existem alguns paradoxos nisso tudo. Por exemplo: Outro dia saiu no Jornal O Globo na coluna da Flávia Oliveira que a CSA e CSN estão disputando a tapas Engenheiro Metalúrgicos e a PUC do Rio de Janeiro está fechando o curso de Engenharia Metalúrgica, que é do lado da CSA e muito perto da CSN. Com isso a gente tira a conclusão que falta uma integração universidade ou escola profissionalizante e mercado de trabalho. Falta essa ponte. A Universidade está isolado do mundo, essa é a verdade.
Enquanto não houver cursos mais rápidos e voltados para a demanda do mercado, voltados para o setor privado, estaremos discutindo a escassez de mão de obra.
Dá-lhe Desemprego.